Private Equity destrói o sistema de saúde dos EUA

Anos de negociações resultaram em sistemas hospitalares expansivos, seguradoras de saúde verticalmente integradas e práticas de propriedade de fundos de private equity altamente concentradas, resultando em competição reduzida e até mesmo no fechamento de instalações de saúde vitais. Como esta série de três partes do Heard on the Street irá mostrar, as recompensas generosas e a supervisão frouxa acabam criando dor tanto para os pacientes quanto para os médicos que os tratam. Tardiamente, os reguladores estaduais e federais e os legisladores estão focando na consolidação, criando incerteza para os investidores que há muito tempo lucram com o boom de fusões na área da saúde.

Na última década, o private equity gastou centenas de bilhões de dólares adquirindo negócios de saúde, desde cuidados de emergência até anestesiologia e lares de idosos. Onde o private equity foi, estudos mostram, os preços tendem a aumentar.

Considere o impacto do investimento maciço de private equity em práticas médicas. Quando um paciente com seguro de saúde baseado no empregador passa por uma cirurgia, a taxa do anestesista deveria ser determinada pelas forças de mercado. Mas o que acontece se uma empresa silenciosamente comprar vários anestesistas na mesma cidade e depois aumentar o preço do procedimento?

Um esquema desse tipo foi supostamente implementado pela empresa de private equity Welsh, Carson, Anderson & Stowe e pela empresa que criou em 2012, a U.S. Anesthesia Partners, de acordo com uma ação judicial da Federal Trade Commission do ano passado. Começou comprando a maior prática em Houston e depois fazendo mais três aquisições, eventualmente expandindo para outras cidades em todo o estado do Texas. Em cada local, a ação judicial alega que a USAP seguiu uma estratégia agressiva de eliminar concorrentes, seja adquirindo-os ou conspirando com eles para enfraquecer a concorrência.